by Flávio Souza Cruz

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F O T O J O R N A L I S M O

SOCIEDADE E POLÍTICA

sábado 31 2009



E eis que chego ao post de número 50 desta psico-transeunte-délica viagem pela Europa. Este aqui é na verdade a continuidade do post sobre Madri, mas sob um ângulo diferente. Resolvi brincar de Sebastião Salgado e fazer a minha própria série "trabalhadores", enfocando um pouco deste lado não tão bem visto nos meus outros posts. Creio que o resultado irá agradar. Vamos ver o que temos:



A Lavanderia.



Esta série agora é fantástica e serve para complementar o post 48 sobre la libreria. Trata-se de uma fábrica de encadernação de livros. Um fascinante trabalho praticamente artesanal. É como se voltássemos lá por volta da primeira metade do século XX.









Eu viajei totalmente com este pessoal aí dentro. Completamente compenetrados em suas tarefas. Minuciosamente compenetrados.







A casa de frios e os jamons!



O alfaiate.





O Barman.



E o andarilho enrolando um!




Esta é a terceira vez que passo por Madri. A primeira foi a chegada ao aeroporto e a segunda foi quando fui até Valência da primeira vez. Em ambas as oportunidades, apesar de tirar algumas fotos interessantes, não tive oportunidade de "conhecer" a cidade. Ontem eu pude fazer isso com bem mais tranquilidade e o resultado foi bem legal. Além de um breve retrato que vou colocar neste post, fiz um breve porém interessante ensaio sobre os trabalhadores da cidade. Resolvi colocá-lo em um post separado. Espero que gostem e sintam um pouco da alma de Madri, junto com las vaquitas y los toritos.

















quinta-feira 29 2009



Hoje é o dia do meu aniversário. Estou longe de casa e da maioria das minhas pessoas queridas. Por mais distante que estejam, no entanto, eu as sinto bem próximas dentro do meu peito. Por circunstâncias de calendário, acabei por vir a celebrar essa minha data em terras longíncuas. Como meu presente particular, eu me dei e vos dou um pouco deste lugar especial que descobri nas ruas valencianas. Trata-se da Libreria Antiquaria Rafael Solaz, um lugar que é definitivamente a minha cara. Livros, poeira e magia em um singular e muito bem articulado arranjo de objetos e imagens. Esta libreria é uma passagem gratuita à imaginação e às viagens por mundos fantásticos. A viagem é um livro e as nossas vidas são as linhas das páginas percorridas. Aquele que não viaja, abre apenas a primeira página. A viagem é o livro e o livro é a viagem. Eu sempre viajei nos livros. E agora livro e viagem são uma coisa só. Apropriei-me desta libreria e a tornei minha. Cada pedaço da viagem é agora um pedaço destas páginas. E cada página é um pedaço da vida.

Bienvenidos!

























Se brincamos de preto e branco no último post, vamos agora ver um pouco das cores que esta cidade de Valência nos oferece. Muitas e muitas cores e tons pasteis mesclados a um lindo azul das suas belas tardes. Uma cidade multifacetada, sempre entremeada pelo passado e o novo. Fria e quente ao mesmo tempo. Distante e acolhedora.


















Eu tenho vivido em Valência nos últimos dias e esta tem sido a cidade que me acolheu neste vasto colchão de retalhos pelo qual eu percorri no continente europeu. Eu estive em Valência na passagem do ano, mas os meus registros desta passagem foram insuficientes para descrever essa diferente cidade no qual a tradição e a modernidade caminham juntas de uma forma muito intensa. No meu primeiro post, mostrei um pouco deste lado tradicional da cidade, cuja história é anterior à Cristo, possuindo ainda alguns vestígios romanos. Posteriormente eu mostrei a Ciudad de las Artes y las Ciencias, que é um marco recente da arquitetura local em busca de novos atrativos para destacar a cidade com a terceira mais importante da Espanha. Em seguida, mostrei um pouco das coisas inusitadas que encontrei por aqui, ao abordar a exposição aeroespacial Viure a L´espai, contendo objetos aeroespaciais da Nasa e da ex-URSS. No entanto, cheguei à conclusão que tais imagens são ainda insuficientes para mostrar realmente a cidade.

Como é possível perceber, temos sempre fragmentos e pequenos tijolos para construir as nossas cidades. Em cada uma das que estive, procurei captar um pouco da alma (do todo) de cada uma. Mas tal missão é sempre fadada ao fracasso, por mais que nos esforcemos. Creio ter tido um pouco de sucesso em algumas empreitadas. Em outras, nem tanto. Eu precisaria de muito mais tempo para as captar. Em Valência eu tive este tempo a mais. E é por isso que resolvi contar um pouco mais sobre o meu olhar por aqui. Inicialmente pensei em fazer dois posts intitulados "Valência People" e "Valência Places". O que acabou saindo é mais ou menos isso. Porém, resolvi alterar para "Valência P&B" e "Valência Color".

Vamos ver o que temos:















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