by Flávio Souza Cruz

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F O T O J O R N A L I S M O

SOCIEDADE E POLÍTICA

sábado 31 2009





Esta é a terceira vez que passo por Madri. A primeira foi a chegada ao aeroporto e a segunda foi quando fui até Valência da primeira vez. Em ambas as oportunidades, apesar de tirar algumas fotos interessantes, não tive oportunidade de "conhecer" a cidade. Ontem eu pude fazer isso com bem mais tranquilidade e o resultado foi bem legal. Além de um breve retrato que vou colocar neste post, fiz um breve porém interessante ensaio sobre os trabalhadores da cidade. Resolvi colocá-lo em um post separado. Espero que gostem e sintam um pouco da alma de Madri, junto com las vaquitas y los toritos.

















quinta-feira 29 2009



Hoje é o dia do meu aniversário. Estou longe de casa e da maioria das minhas pessoas queridas. Por mais distante que estejam, no entanto, eu as sinto bem próximas dentro do meu peito. Por circunstâncias de calendário, acabei por vir a celebrar essa minha data em terras longíncuas. Como meu presente particular, eu me dei e vos dou um pouco deste lugar especial que descobri nas ruas valencianas. Trata-se da Libreria Antiquaria Rafael Solaz, um lugar que é definitivamente a minha cara. Livros, poeira e magia em um singular e muito bem articulado arranjo de objetos e imagens. Esta libreria é uma passagem gratuita à imaginação e às viagens por mundos fantásticos. A viagem é um livro e as nossas vidas são as linhas das páginas percorridas. Aquele que não viaja, abre apenas a primeira página. A viagem é o livro e o livro é a viagem. Eu sempre viajei nos livros. E agora livro e viagem são uma coisa só. Apropriei-me desta libreria e a tornei minha. Cada pedaço da viagem é agora um pedaço destas páginas. E cada página é um pedaço da vida.

Bienvenidos!

























Se brincamos de preto e branco no último post, vamos agora ver um pouco das cores que esta cidade de Valência nos oferece. Muitas e muitas cores e tons pasteis mesclados a um lindo azul das suas belas tardes. Uma cidade multifacetada, sempre entremeada pelo passado e o novo. Fria e quente ao mesmo tempo. Distante e acolhedora.


















Eu tenho vivido em Valência nos últimos dias e esta tem sido a cidade que me acolheu neste vasto colchão de retalhos pelo qual eu percorri no continente europeu. Eu estive em Valência na passagem do ano, mas os meus registros desta passagem foram insuficientes para descrever essa diferente cidade no qual a tradição e a modernidade caminham juntas de uma forma muito intensa. No meu primeiro post, mostrei um pouco deste lado tradicional da cidade, cuja história é anterior à Cristo, possuindo ainda alguns vestígios romanos. Posteriormente eu mostrei a Ciudad de las Artes y las Ciencias, que é um marco recente da arquitetura local em busca de novos atrativos para destacar a cidade com a terceira mais importante da Espanha. Em seguida, mostrei um pouco das coisas inusitadas que encontrei por aqui, ao abordar a exposição aeroespacial Viure a L´espai, contendo objetos aeroespaciais da Nasa e da ex-URSS. No entanto, cheguei à conclusão que tais imagens são ainda insuficientes para mostrar realmente a cidade.

Como é possível perceber, temos sempre fragmentos e pequenos tijolos para construir as nossas cidades. Em cada uma das que estive, procurei captar um pouco da alma (do todo) de cada uma. Mas tal missão é sempre fadada ao fracasso, por mais que nos esforcemos. Creio ter tido um pouco de sucesso em algumas empreitadas. Em outras, nem tanto. Eu precisaria de muito mais tempo para as captar. Em Valência eu tive este tempo a mais. E é por isso que resolvi contar um pouco mais sobre o meu olhar por aqui. Inicialmente pensei em fazer dois posts intitulados "Valência People" e "Valência Places". O que acabou saindo é mais ou menos isso. Porém, resolvi alterar para "Valência P&B" e "Valência Color".

Vamos ver o que temos:















terça-feira 27 2009



No penúltimo post eu coloquei o meu roteiro através dos mapas do Google. Neste post eu vou explicitar os roteiros que fiz através das minhas viagens. A maioria delas foi realizada através dos trens da Europa. Foram 46 trens diferentes, procedentes dos mais variados países. Como também mencionei anteriormente, dá para se observar a economia e o nível de modernização dos países europeus através dos seus trens. No geral, eu fico com os franceses. Mas enfim, vamos à lista das minhas viagens pelos trilhos da Europa.


1. Porto – Guimarães // Guimarães – Porto
2. Porto – Coimbra
3. Coimbra – Lisboa
4. Lisboa – Sintra // Sintra – Lisboa
5. Lisboa – Medina // Medina – Madri // Madri – Valência
6. Valência – Xativa // Xativa - Valência
7. Valência – Tortosa // Tortosa – Barcelona
8. Barcelona – Cerbere // Cerbere – Paris
9. Paris – Rennes
10. RennesPontorsonSaint Michel – Pontorson – Rennes
11. Rennes – Lille
12. Lille – Bruxelas
13. Bruxelas – Ghent // Ghent – Bruges // Bruges – Bruxelas
14. Bruxelas – Amsterdã // Amsterdã – Bruxelas
15. Bruxelas – Kohn // Kohn – Hamm // Hamm – Berlim
16. Berlim – Pardubice // Pardubice – Ostrova // Ostrova – Cescky Tesin // Cesky Tesin – Cracóvia (carro)
17. Cracóvia - Cesky Tesin (ônibus) // Cesky Tesin – Ostrova // Ostrova - Viena
18. Viena – Innsbruck // Innsbruck - Veneza
19. Veneza - Roma
20. Roma – Genova // Genova – Ventimiglia // Ventimiglia – Nice
21. Nice – Marseille //Marseille – Narbonne // Narbonne – Cerbere
22. Cerbere – PortBou // PortBou – Barcelona // Barcelona – Valência (ônibus)
23. Valência – Sagunt // Sagunt - Valência
24. Valência - Madri (ônibus)
25. Madri - Toledo (carro) // Toledo - Madri (Carro)


Hoje eu visitei a cidade de Sagunt. Trata-se de uma cidade de 60 mil habitantes na região valenciana. Sagunt foi uma importante cidade costeira na época do império romano. Mais do que isso, sua história é ainda mais antiga, tendo sido destruída pelos cartagineses. A cidade me lembrou muito um ar interiorano bem brasileiro. Muito vazia, quase ninguém pelas ruas. A infraestrutura é mediana, aparentemente inferior à de Xativa. Porém, a sua longa história nos legou belezas incríveis como poderemos ver mais adiante.



As ruas comuns da Sagunt.



Um visual nem tanto de primeiro mundo... porém...



Parte externa do anfiteatro romano de Sagunt.



Portal que dá entrada ao anfiteatro.



O anfiteatro com intervenção moderna. O projeto de intervenção é de péssimo gosto. Porém, os cidadãos de Sagunt agora revivem os tempos do teatro nos moldes grego e romano.



Essa é uma construção relativamente recente assentada sobre o antigo templo de Diana. As bases das colunas e as pedras ainda estão lá.



Daqui para frente é uma viagem só. Eu iniciei este meu trajeto de andarilho com intuito de também aportar em Jerusalém. Acabei deixando essa fase do projeto para o próximo ano. Porém, o castelo de Sagunt supriu parte desta viagem imaginária. Estas ruinas são realmente fantásticas (construídas por sobre outras ruínas ainda mais antigas tais como o forum romano e o templo de Diana) e a sensação é a de uma completa viagem ao passado. Uma caminhada por uma "Jerusalém" profana-quase-celeste!











E este azul chumbo ali embaixo à direita é sim o velho e bom Mediterrâneo.



segunda-feira 26 2009

Me utilizei do Google Maps para ter por alto uma idéia das distâncias que percorri. Eu havia imaginado que o total seria por volta de 8 mil km. Mas a realidade ultrapassou as minhas expectativas. Obviamente o percursso de carro é diferente do percursso de trem. Mas tenho comigo algumas listas de conexões e as distâncias mostradas lá são quase iguais às do percursso de carro. Dessa forma, considero essa aproximação muito válida.



O primeiro mapa mostra minha ida até a fronteira da República Tcheca com a Polônia - a cidade de Cesky Tesin. Foram 6282 km! Até Cracóvia, que foi o ponto mais distante que cheguei, foram 6.438 km!











O segundo mapa mostra a etapa final mais hardcore da viagem — no qual acompanhamos o meu retorno até a cidade de Madri. No entanto, a parte mais pesada ficou entre Cracóvia e Valência desenvolvidos em apenas quatro dias (3.776 km). Eu os percorri através de 15 trens diferentes. O trecho total até Madrid nos dá um percursso de 4.371 km. Ao todos temos a marca de 10.809 km.

Para se ter uma idéia, se eu fosse de Porto Alegre (RS - sul do Brasil) até Manaus (AM - norte do Brasil) de carro, eu percorreria 4636 km.



E depois desta longa viagem, um pequeno regalo.

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