by Flávio Souza Cruz

quinta-feira 22 2009



Em um escrito anterior, falei sobre a busca pessoal por sentidos. E em cada etapa desta minha viagem, tenho me deparado com a interrogação sobre o sentido: "Por que estou aqui? O que façco nesta cidade? Por que estou aqui suando e carregando este peso neste lugar estranho? Qual é a razão de tudo isso?" A resposta é que não existe razão, mas sim o sentido. Eu tenho um bolso mágico do qual tiro cartas adestradas. Eu as ensinei a falar por mim. Eu durmo com as cartas em meu bolso e elas me ensinam o caminho do amanhã. As imagens das minhas palavras e as palavras das minhas imagens são a coreografia do meu sentido.

Meu corpo bailou em cada dor, cada tropeço, arranhão, marca e ardor dos meus passos. Minha alegria se transformou no avançar incerto. As interrogações caminharam como soldados contorcionistas em cada exclamar. Estou agora em Valência, breve porto do aconchego. Trago comigo um sentido emoldurado em símbolo - a espada que tenho comigo, a qual a nomeei - Desafio.

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